Autor: Daizo Dee Von
Hack completa: não existe saída
Emulador recomendado: Snes9x 1.60
Parece que o criador da 100 Rooms of Enemies não sabe fazer apenas hacks tradicionais como também gosta de investir em hacks misteriosas. Em uma pegada mais creepypasta (você sabe, a forma mais baixa de horror) ele traz á esse mundo cabuloso duas hacks que se passam no mesmo universo: Alpha Sphere e Rotten Brains. O que elas tem em comum e o que torna elas diferentes das demais? É o que veremos esta noite.
Isso aqui é literalmente um cérebro distorcido com efeito de vidraça do Paint.Net
Não é tão assustador quando você percebe, sabe.
A história do jogo é bastante simples e seria mancada explicar tudo para vocês. Tudo que vocês precisam saber é que em ambas hacks existe suicídio e relacionamento abusivo (coisa super saudável) e o personagem que você controla não tem poder pra matar ninguém, só fugir. Por aqui você vai caminhar por um lado e outro interagindo com NPC's, coletando informações e buscando segredos que mais tarde irão te dar um belo bônus de replay.
A estética do jogo é horrível e isso incrementa a qualidade do projeto: quem não conhece o infame visual do console fracassado da Nintendo (não tô falando do Wii U)? A música é perfeita e ás vezes alta demais pra ser sincero (tive que jogar no volume 10 do computador). Como as hacks não possuem saída, significa que elas são curtas na mesma pegada da Coronation Day, onde você joga várias vezes a mesma coisa pra achar vários finais.
Como toda hack creepypasta não pode faltar a coisa mais baixa que existe: jumpscares. Sim, quando você menos espera acontece uma transição rápida e surge uma imagem feia pra burro com um som alto e distorcido. Enquanto ambas as hacks possui um ar de mistério e um plot fragmentado que obriga você juntar as peças (tipo Silent Hill), a execução dos materiais usados não é convincente.
Alpha Sphere investiu mais no próprio plot e deixou os jumpscares como easter-egg... é como se o jogo não quisesse que você os encontrasse (o que é legal). Entretanto, Rotten Brains faz o contrário: ela deixa de ser misteriosa pra desencadear um evento e priorizar o fator "te assustei?". Alpha Sphere possui uma melhor jogabilidade e dá pra perceber que o autor investiu mais tempo que a outra. Existe momentos na hack que pode gerar ansiedade então fique ligado.
Por último, mas não importante, vale lembrar que Rotten Brains possui voice acting. Isso mesmo! O autor da hack gravou a própria voz e socou no próprio jogo, mesmo que distorcida. Se você acompanha os trabalhos mais recentes da fera vai perceber que é algo ousado de se fazer, principalmente quando estamos nos referindo a um fã-game.
De qualquer forma, jogar esta duologia vai ser mais do que necessário pra deixar o seu final de semana ainda mais horripilante. Eu super recomendo, tanto pra deixar na sua biblioteca (2MB cada ROM, olha que coisa boa) como pra gravar a reação do seu amigo que nem imagina que vai levar um susto em menos de 10 minutos. Se essa é sua praia então vem nadando, baby!
Se você parar pra pensar, esse é o final bom...
Final bom pra humanidade, é claro.
Dificuldade: 1/5
A única dificuldade foi fugir do chefe da Alpha Sphere.
Sério: auto-scroll fast?
Jogabilidade: 7/10
Rotten Brains é tipo Yume Nikki: tu só anda e fala.
Alpha Sphere possui puzzles e segredos, muito bom.
Gráficos: 5/10
Os gráficos originais tem o seu charme, mas o vermelho... meu deus.
O autor sabia mesmo o que estava fazendo.
Músicas: 9/10
Clima atmosférico e sombrio.
Não jogue essa hack com volume alto, só avisando...
Mapa: --/10
Que mapa?
Criatividade: 9/10
Uma linda história sobre violência doméstica e aborto.
Não tem como ficar melhor.
Nota final: BAD TO THE BONE/10
Daizo mais uma vez não decepciona com um dos seus mais icônicos projetos.
Estamos aguardando Alpha Sphere 2. :)


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Que hack bizarro. A estética de VirtualBoy já quebra qualquer hack pra início de conversa. Análise bacana
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